GERENCIAMENTO DE ÁGUA

Algumas regiões do Brasil já apresentam um cenário de escassez de água; na Região Metropolitana de São Paulo, localizada na Bacia do Alto Tietê, a disponibilidade hídrica é de de 200 m3/habitante/ano, muito abaixo do que a ONU classifica como situação crítica, de 1500 m3/habitante/ano. (1)

A gestão da água em edifícios permite mitigar os efeitos de escassez deste insumo, assim como atenuar a poluição de águas profundas e superficiais e reduzir os riscos de inundação em centros urbanos. O gerenciamento de água pode ser abordado sob o aspecto do suprimento da água potável, gestão de águas pluviais e do esgotamento sanitário.

A redução do consumo de água se dá pela redução da vazão e pelo tempo de utilização do aparelho
sanitário, que podem gerar economias de até 70% no consumo.

 
Vaso sanitário de 6 litros
Restritor de vazão
Torneira com sensor

Fonte: http://www.deca.com.br/sustentabilidade/economia-de- agua/produtos-economizadores/  . Acesso em 21/03/2011

Urimat - Mictório que não utiliza água













Fonte: http://www.ecowin.com.br/urimat.html . Acesso em 23/03/2011

Na gestão de águas pluviais, pode se considerar o aproveitamento de água de chuva, que visa a reduzir o consumo de água potável para determinados usos (bacia sanitária, irrigação de áreas verdes, lavagem de pisos, veículos, etc) assim como a sua retenção e infiltração, o que permite o escoamento de águas pluvias de modo controlado, prevenindo risco de inundações em áreas com altas taxas de impermeabilização, reduzindo a poluição difusa e propiciando a recarga do lençol freático.

 
"Zona de Raízes" - Fonte:  OLIVEIRA, L. H. et al –
 Levantamento Estado da Arte: Água. Projeto Tecnologias para
 construção habitacional mais sustentável. Finep, São Paulo, 2007.
 Com relação ao esgoto, nos locais que dispõe de sistema local de tratamento, quanto maior for sua concentração (o que pressupõe um menor o consumo de água), mais fácil seu processo de depuração.(2)  O tratamento dos efluentes permite ainda o aproveitamento de água de reuso que pode ser destinada à irrigação de jardins e lavagem de pisos, dependendo da qualidade da água obtida. Um dos sistemas de tratamento de esgoto é a chamada “Zona de Raízes”, onde o esgoto passa inicialmente por uma fossa séptica e por um decantador e depois por uma malha dispersora que o distribui sobre uma vala filtrante. O processo de descontaminação da água torna-se mais eficiente quando vegetações do tipo junco ou taboa são plantadas; ao fornecer oxigênio pela raiz, a vegetação propicia as condições para a proliferação de bactérias que melhoram os processos de degradação da carga orgânica. (3)

Fontes:
(1)      http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=2&temp2=3&proj=sabesp&pub=T&nome=Uso_Racional_Agua_Generico&db=&docid=0559F0B0B4127513832570D1006527A2. Acesso em 24/04/2011
(2)      JOHN, V. M; PRADO, R.T CARAM, R. T. A. – Boas práticas para habitação mais sustentável. São Paulo: Páginas & Letras – Editora e Gráfica, 2010.
(3)      OLIVEIRA, L. H. et al – Levantamento Estado da Arte: Água. Projeto Tecnologias para construção habitacional mais sustentável. Finep, São Paulo, 2007.